sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Não vá por aí.

O medo é a sombra camuflada entre você e o espelho.

O caminho é longo, o mar da vida é agitado, e eu me tornei um navegante cansado. Tão cedo, tão trágico.
Desistir assim? De mim? Nem pensar! Apontar pra fé ainda é pouco, eu vou é remar.
Muita gente fala muita coisa, muita coisa que não me diz nada. Boca calada. Meu caminho sou eu quem vou trilhar. Os meus pés sou eu quem vai sujar. Os meus sapatos sou eu quem vou calçar.
Sinceramente? Por muito tempo eu ouvi o que as pessoas pensavam sobre quem eu era ou o que eu fazia, agora não mais. Pessoas só servem para causar dor, e quando não, é raridade, e de raridade, o mundo está vazio.
Se falam muito, eu recuo. Se falam pouco, acomodo. A verdade é que sou complicada e gosto de confundir. A verdade é que minha vida se tornou a piada que eu não soube rir.
Confesso, desenhei um caminho por onde nunca passei. Frustrante apenas existir e não viver. Viva a vida para se sentir viva, é isso.
As consequências me tornaram uma pessoa amargurada e aflita, com medo do meu próprio destino, cansada de juntar as mãos e sentir o meu santo tão cansado quanto eu. O que me tornei foi o que sempre julguei. Sem direção, perdida no caos, apagando minhas memórias sobre mim.

O meu caminho daqui pra frente será contrário ao medo.

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