quinta-feira, 22 de setembro de 2011

The Climb.

Agora não quero ser feliz, nem triste, nem nada. Quero só viver a minha vida, subir as escadas e esperar o sol aparecer todas as manhãs.
Porque eu já não faço questão de entender as pessoas. E não me importo mais.
Começando pelo primeiro degrau, outra vez, outro dia, outro amanhã. Esquecendo os erros, as mágoas, os cortes que a vida me fez. Sei do que preciso e garanto que não é de empatia. Preciso apenas subir.
Subir as escadas da minha própria vida e encontrar a luz dos olhos que eu tanto procuro.



Manter a fé pra subir
A cada manhã...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Um sentido de 1 hora.

Uma noite qualquer, um lugar rotineiro e pensamentos em desvaneio.
Sentada no banco, olhando as pessoas rirem e tentando imaginar o que havia por trás daqueles sorrisos e conversas tão entusiasmadas. Pensando em como sentia falta de sorrir de verdade, ou melhor, de ter motivos para isso.
Foi quando aquele cara interrompeu meus pensamentos.
- Ei, você pode por favor, me dar um espaço nesse banco?
- Sem problemas!
Ele sentou-se ao meu lado e por incrível que pareça, não fomos estranhos um para o outro.
Após cinco minutos de conversa, eu já sabia que ele havia acabado de se separar, foram onze anos de alegrias, tristezas, contas pra pagar e às vezes falta de dinheiro, filhos e finais de semanas planejados, e agora, tudo havia se perdido, quebrado, chegado ao fim.
Naquela conversa não havia má intenção para comigo, o que existia ali era um desejo enorme de tirar aquela dor de dentro do coração, e talvez os meus ouvidos tenham ajudado em algo. Talvez.
A conversa não durou muito, só o suficiente para me fazer ver o quanto amar pode ser bom e ruim ao mesmo tempo, o quanto o amor é complicado, e que quem ama verdadeiramente, luta até o final sem desistir, sem cair, sem pedir divórcio diante de uma tempestade, como havia sido o caso daqueles olhos tristes que encontrei.
Naquele momento, durante exatos sessenta minutos, eu aprendi mais do que em uma vida inteira de tentativas, finalmente percebi que o tempo é precioso e que gastá-lo com pessoas erradas te faz perceber o quanto é importante ter a pessoa certa ao seu lado.

Lembro como se fosse hoje.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Com quem você estava falando?

— Traição, pra mim, é um buraco, um poço, um vazio, é precípicio.
— Mas também é falta de diálogo. Pode ser da parte de quem trai, ou de quem é traído.
— Não sei se concordo. É complexo demais. Não tem justificativa para um erro tão medíocre.
— Só sei que traição e amor verdadeiro não combinam.
— O amor verdadeiro preenche cada espaço do coração, da mente e dos olhos. Quando se ama de verdade, não importa se está perto ou longe do outro, os olhos tem direção certa, a mente é focada em uma única pessoa e o coração... Ah! Preciso mesmo falar?
— O coração pertence somente à quem se ama e nada mais. É fato.
— Amor verdadeiro não é um mar-de-rosas, é um mar-de-verdades. Quem ama na mentira, afunda um barco de dois.


Oras, eu estava falando com a Lua.

(Tudo o que sei é que eu tenho a sorte de um amor tranquilo)


Não vá por aí.

O medo é a sombra camuflada entre você e o espelho.

O caminho é longo, o mar da vida é agitado, e eu me tornei um navegante cansado. Tão cedo, tão trágico.
Desistir assim? De mim? Nem pensar! Apontar pra fé ainda é pouco, eu vou é remar.
Muita gente fala muita coisa, muita coisa que não me diz nada. Boca calada. Meu caminho sou eu quem vou trilhar. Os meus pés sou eu quem vai sujar. Os meus sapatos sou eu quem vou calçar.
Sinceramente? Por muito tempo eu ouvi o que as pessoas pensavam sobre quem eu era ou o que eu fazia, agora não mais. Pessoas só servem para causar dor, e quando não, é raridade, e de raridade, o mundo está vazio.
Se falam muito, eu recuo. Se falam pouco, acomodo. A verdade é que sou complicada e gosto de confundir. A verdade é que minha vida se tornou a piada que eu não soube rir.
Confesso, desenhei um caminho por onde nunca passei. Frustrante apenas existir e não viver. Viva a vida para se sentir viva, é isso.
As consequências me tornaram uma pessoa amargurada e aflita, com medo do meu próprio destino, cansada de juntar as mãos e sentir o meu santo tão cansado quanto eu. O que me tornei foi o que sempre julguei. Sem direção, perdida no caos, apagando minhas memórias sobre mim.

O meu caminho daqui pra frente será contrário ao medo.