terça-feira, 28 de agosto de 2012

De volta pra casa.

Não sei como começar a falar sobre você. Talvez pelo tempo, talvez não. A verdade é que eu precisaria de uma vida inteira pra contar a nossa vida. Intenso, não? Mas agora já não é mais. Nunca mais será.
Horas, dias, meses, anos do seu lado, com você, por você, pra quê? Pra ir embora com a primeira pessoa que pudesse passar mais tempo com você do que eu. Poderia ser diferente, mas não foi. Como nunca é.
Cada parte de mim dói quando lembro tudo o que eu fiz por nós, todo o tempo que dediquei para o teu pranto e todo o colo que eu te dei. A única pessoa no mundo que sabia os segredos da caixa de Pandora. Jogou tudo fora, como se não fosse nada. Meu Deus, como eu não vi isso antes? Essa contradição que você se tornou! Seria tão mais simples...
A verdade é que todo mundo vai embora, mas eu acreditei em exceção, mas não era você, não havia de ser e nem será.
Poderíamos sentar no jardim e ver nossos filhos correndo enquanto falaríamos sobre os nossos casamentos ou o nosso universo, que sempre foi o mesmo. Mas tudo isso agora já não faz mais sentido. O que era pra ser história virou lembrança e no meu mundo você não cabe mais. Esvaziei meu coração de solidão, hoje eu quero só o que traz paz.

Você nunca foi a minha casa, nem nunca será. Obrigada pelas memórias, isso é um Adeus.